FGV divulga – A confiança do comércio evolui!
Por Prof. Thiago Flores*
FGV divulga – A confiança do comércio evolui!
Segundo a FGV, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) evoluiu favoravelmente entre os trimestres findos em abril e maio de 2012. O índice médio no trimestre findo em maio ficou 2,4% inferior ao do mesmo período do ano anterior; em abril, a queda havia sido de 4,4% na mesma base de comparação. O Indicador Trimestral de maio ficou em 127,4 pontos, contra 130,6 pontos do mesmo período do ano passado. O resultado sinaliza que o nível de atividade do setor volta a se aquecer moderadamente no segundo trimestre de 2012.
A melhora das comparações interanuais foi influenciada, principalmente, pelo resultado do Varejo. No conceito Restrito, a variação interanual passou de -4,5% no trimestre findo em abril, para -1,2% em maio. No segmento Veículos, motos e peças houve piora: as variações foram de -6,6% e -7,4%, respectivamente, no mesmo período; em Material para construção, as taxas interanuais trimestrais foram de -0,8% e -2,2%, respectivamente. Com o desempenho menos favorável destes dois segmentos, a evolução do varejo no conceito Ampliado foi menos favorável que a registrada no conceito Restrito, com variações de -4,5% e -2,3%. No Atacado, houve recuo de 2,6% em maio, após queda de 4,3% em abril.
Entre abril e maio, a tendência de melhora foi observada em 11 dos 17 segmentos pesquisados. No Atacado, houve melhora em três dos quatro segmentos pesquisados. No Varejo Restrito, em oito de nove segmentos. Nos quatro segmentos agregados ao Varejo Restrito para compor o resultado do Varejo Ampliado (Veículos, motos, partes e peças e Material para construção) houve piora.
Em termos relativos, houve avanço mais expressivo no Índice da Situação Atual (ISA-COM) que no Índice de Expectativas (IE-COM). No trimestre findo em maio, o ISA-COM registrou nível idêntico ao do mesmo período do ano anterior. Em abril, o índice médio havia sido 3,7% inferior, na mesma base de comparação. O ISA-COM retrata a percepção do setor em relação à demanda no momento atual. Na média do trimestre findo em maio, 19,6% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 20,1%, como fraca. No mesmo período de 2011, estes percentuais haviam sido de 19,9% e 20,4%, respectivamente.
Em relação às perspectivas para os próximos meses, o IE-COM recuou 3,9% em maio na comparação com o ano anterior. Em abril, a queda havia sido de 4,8%. Dos quesitos integrantes do índice, a tendência dos negócios para os próximos seis meses foi o que exerceu maior influência na redução da média trimestral entre maio de 2011 e de 2012, ao passar de 163,7 para 155,7 pontos. Dentre as empresas consultadas, 60,0% esperam melhora e 4,3%, piora da situação dos negócios (contra 66,9% e 3,2% em 2011).
* Thiago Flores é Administrador – EAESP-FGV, Mestre em Economia de Negócios – EESP – FGV, Mestre em Finanças – IBMEC/INSPER – SP, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas e CFO à FF Consult ®
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