Vendas no Varejo reduzem 0,8% em Maio
Por Prof. Thiago Flores*
Vendas no Varejo reduzem 0,8% em Maio
Segundo divulgado pelo IBGE, em maio de 2012, o comércio varejista do país apresentou variação de -0,8% para o volume de vendas e 0,0% para a receita nominal de vendas, taxas estas em relação ao mês anterior ajustadas sazonalmente. Para o volume de vendas, este resultado reverte o sinal positivo dos dois últimos meses. A receita nominal apresenta uma acomodação após dois meses consecutivos de sinal positivo neste tipo de comparação. Em relação a maio de 2011, as variações foram de 8,2% para o volume de vendas e de 10,8% na receita nominal. Nos acumulados dos cinco primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, as taxas se estabeleceram, respectivamente, em 9,0% e 7,3% para o volume de vendas, e em 11,9% e 11,4% para a receita nominal.
Entre as dez atividades do varejo ampliado, quatro têm taxas negativas. Na comparação com o mês imediatamente anterior, isto é, na série com ajuste sazonal, três das oito atividades do varejo apresentaram taxas de variação negativa para o volume de vendas. Os resultados foram de 3,5% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 1,6% em Livros, jornais, revistas e papelaria; 0,3% para Tecidos, vestuário e calçados; 0,1% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 0,0% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; -0,2% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; -0,8% para Combustíveis e lubrificantes e -3,1% para Móveis e eletrodomésticos. As duas outras atividades, que com as anteriores formam o varejo ampliado, registraram resultados em relação a abril de 1,5% para Veículos e motos, partes e peças e de -11,3% para Material de construção.
Já na relação de maio 2012 contra maio 2011 (série sem ajuste), apenas a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou sinal negativo (-3,6%). As demais atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, foram as seguintes: 9,0% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 9,3% para Móveis e eletrodomésticos; 10,9% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 8,1% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 7,4% para Combustíveis e lubrificantes; 17,3% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e 3,8% para Tecidos, vestuário e calçados.
O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 9,0% no volume de vendas em maio sobre igual mês do ano anterior, volta a registrar o principal impacto na formação da taxa do varejo (47%). Este desempenho foi influenciado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa de salários, bem como pelos gastos decorrentes da comemoração do Dia das Mães. Em termos de acumulado, nos primeiros cinco meses do ano a atividade apresentou crescimento de 9,3% e nos últimos 12 meses, variação de 6,1%.
A atividade de Móveis e eletrodomésticos, com variação de 9,3% no volume de vendas em relação a maio do ano passado, exerceu o segundo maior impacto na formação da taxa do varejo (21%). Este resultado mensal reflete a política de incentivo do governo ao consumo através da redução de alíquotas de IPI para a chamada linha branca, além da manutenção do crédito, da estabilidade do emprego e do crescimento da renda. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano a taxa foi de 13,8% e nos últimos 12 meses, de 14,9%.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a terceira maior participação na taxa global do varejo (9%), apresentou crescimento de 10,9% na comparação com maio de 2011; 10,5% de variação nos primeiros cinco meses do ano e taxa acumulada nos últimos 12 meses de 9,9%. A expansão da massa de salários e a essencialidades dos produtos comercializados, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o quarto maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve variação de 8,1% no volume de vendas em relação a maio de 2011, sendo responsável por 8,0% da taxa geral. Englobando diversos segmentos do varejo como, por exemplo, lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade vem teve seu desempenho impulsionado pela comemoração do Dia das Mães. O acumulado no ano foi da ordem de 7,6% e o acumulado dos últimos 12 meses registrou variação de 4,2%.
O segmento de Combustíveis e lubrificantes, com crescimento de 7,4% no volume de vendas em relação a maio de 2011, respondeu este mês pela quinta contribuição à taxa global do varejo. Em termos de desempenho acumulado, nos primeiros cinco meses do ano, a taxa de variação chegou aos 4,4% e nos últimos 12 meses a 2,1%. Atribui-se este comportamento à queda de preços dos combustíveis (variação de -4,4% nos últimos 12 meses – item Combustíveis Veículos do IPCA).
O segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, responsável pelo sexto maior impacto na formação da taxa global, obteve acréscimo no volume de vendas, em maio, da ordem de 17,3% sobre igual mês do ano passado e taxa acumulada nos primeiros cinco meses do ano de 28,1% e nos últimos 12 meses de 26,4%. Dentre os fatores que vêm determinando este desempenho, destacam-se a redução dos preços de produtos que compõem a atividade (microcomputador com queda de 8,6% em 12 meses – IPCA), o aumento da massa salarial e a crescente importância que esses produtos (informática e comunicação) vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.
O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, responsável pelo sétimo maior impacto na formação da taxa global obteve acréscimo no volume de vendas, em maio, da ordem de 3,8% sobre igual mês do ano passado, registrando, para os cinco primeiros meses do ano, variação de 1,2% e taxa acumulada nos últimos 12 meses de 1,6%. O resultado mensal se estabelece abaixo da média geral, refletindo aumentos dos preços dos produtos do setor cuja variação em 12 meses foi de 6,2%, segundo o IPCA.
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 3,6%, exerceu menor influência no resultado do varejo. O volume de vendas acumulado no ano registrou variação de 2,3% e nos últimos 12 meses a taxa foi de 3,1%.
* Thiago Flores é Administrador – EAESP-FGV, Mestre em Economia de Negócios – EESP – FGV, Mestre em Finanças – IBMEC/INSPER – SP, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas e CFO à FF Consult ®
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